quinta-feira, 9 de outubro de 2008

PLANO DE AULA - SILVANIA G. SILVEIRA & KAROLLINE KAWAHARA


[PLANO DE AULA]

POÉTICAS DA VIDA CULTURAL

IDENTIDADE E DIVERSIDADE DA CULTURAL DIGITAL

Esta atividade (Plano de Aula) tem a finalidade de avaliação final da disciplina, medir o aproveitamento e a competência do(a) discente no quesito aplicação (prática) dos conteúdos teóricos ministrados no módulo: Tecnologia da Informação e da Comunicação Aplicadas ao Ensino.



Orientador: Prof. Enio Moraes Junior

Pós-graduandas: Karolline Kawahara & Silvania G. Silveira


São Paulo

Outubro/ 2008

É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.Plano de aula


Tema: A POLISSEMIA DOS SIGNOS: POÉTICAS DA VIDA CULTURAL DIGITAL

Conteúdo programático: O que é signo? Como se dá o reconhecimento de um signo e de seus significados (polissemia) na língua pátria ou em língua estrangeira? Os signos universais: quais os meios tecnológicos para compreendê-los (decifrá-los)? Se o meio é a mensagem, qual é a mensagem dos dicionários: etimológicos, de sinônimos, de analogias e de signos universais, eletrônicos (sites de busca, Google, por exemplo). A diversidade lingüística da Internet. Por que a linguagem dos meios eletrônicos utiliza tantos signos visuais e auditivos? A linguagem simbólica da literatura e das artes plásticas. Como representar o pensamento? A intertextualidade e heterogeneidade da produção cultural midiática. Composição de textos: poemas, crônicas poéticas, narrações e dissertações. Construindo uma rede intercultural. Como utilizar a Internet como meio de divulgação e de comunicação da produção individual, tornando-a coletiva? (Criação de um blog para postagem das produções).



Justificativa:

Nós, educadores, nos deparamos com a velocidade de fluxos pelas redes, que fazem fluir informações, histórias, moedas e pessoas, que, quase sempre, não fazem uso delas " in natura ", mas em signos digitalizados. No contexto informacional que configura os ciberespaços nas sociedades contemporâneas, invadidas pela tecnologia e pela globalização, as questões relativas à humanidade permanecem as mesmas das civilizações passadas, acrescidas de forte apelo aos valores de uma confederação planetária. Entretanto, esse ciberespaço “ainda é um universal, no sentido mais profundo, porque ele é indissociável da idéia de humanidade”. (LÉVY, 1999, p. 119)

O desenvolvimento humano, formar comunidades de encantamento, de emoção, através de rituais que valorizam poéticas, que, por sua vez, valorizam as relações culturais, que, por sua vez, constroem instrumentos de reconhecimento da diversidade cultural e que, por sua vez, compartilha as produções simbólicas e conhecimentos tecnológico gerados pela ação autônoma, em rede, que, por sua vez, amplia a produção cultural, antes autônoma, difundido-a, com a rapidez dos satélites e a linguagem da Internet, pelos “Pontos Culturais” da cidade e do mundo... Tal desenvolvimento humano, é, a nosso ver, a justificada motivação máxima para “perseguirmos” os ideais da profissão de educador e trabalharmos com nossos aprendizes esse tema complexo e contemporâneo.


Objetivos:

  1. Motivar a pesquisa e o reconhecimento da diversidade dos signos (semiótica: símbolos e significados) que constroem o ritual das relações socioculturais das sociedades contemporâneas.
  2. Orientar o aprendiz na construção de instrumentos para o reconhecimento das poéticas da vida cultural digital.
  3. Incentivar o compartilhamento das produções simbólicas e dos conhecimentos tecnológicos gerados pelas ações autônomas, divulgá-las e difundi-las nos meios eletrônicos de acesso livre e comum (Internet).
  4. Promover a transdisciplinaridade nas produção de linguagens: literárias, visuais ou sonoras.
  5. Fortalecer a rede cultural nas universidades, visando a difusão e fruição das produções sociolingüísticas dos educadores e aprendizes.

Critérios metodológicos e didáticos:

  1. Os conceitos teóricos: aula expositiva, com o auxílio de recursos audiovisuais (apresentações em Power Point; músicas e filmes)
  2. Dinâmicas: formação de grupos de pesquisa; consulta sobre os signos sorteados; pesquisar os significados dicionarizados, psicológicos e mitológicos de cada signo. Indicação de um site de busca para a pesquisa sobre as literaturas ou artes plásticas ou músicas relacionadas aos significados do signo estudado.
  3. Oficinas de produção de linguagens: após o reconhecimento dos signos e da diversidade semântica que advém dele, sugerir uma composição literária (poesia, conto ou dissertação), uma música ou um desenho artístico, tendo como tema o signo estudado.
  4. Atividade de comunicação/divulgação: sarau de apresentações. Cada grupo elegerá um representante para apresentar a pesquisa e as produções da equipe. Pode-se, inclusive, utilizar os meios audiovisuais e eletrônicos que se achar disponível e conveniente.
  5. Laboratório de informática: atividade de comunicação/ divulgação: eleger dentre os colegas aquele que tem mais afinidade e habilidade com a informática, para criar um blogger para a classe afim de postar as produções dos colegas e divulgá-las na rede Internet.

Avaliação da apreensão do conteúdo: usaremos a autoavaliação como critério: o aluno atribuirá uma nota ao seu próprio conhecimento sobre o assunto. Os outros membros do grupo lhe darão uma nota, que representará o seu empenho no trabalho coletivo. A média das notas representará 50% da avaliação. O outro 50% ficará a critério do educador, que medirá o cumprimento dos seus objetivos para aquela aula.

Bibliografia:

  • BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1989
  • BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Aurélio. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. SP: Editora Positivo, 2004.
  • BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Aurélio. Mar de Histórias: Antologia do Conto Mundial. SP: Editora Positivo, 2004.
  • CASTRO FILHO, Cláudio Marcondes; VERGUEIRO, Waldomiro. As tecnologias de informação e comunicação no novo espaço educacional: reflexões a partir da proposição dos Centros de Recursos para El Aprendizaje y la Investigación. Campinas: 2007
  • CHEVALIER, Jean; CHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro, José Olympio.
  • CHEVALIER, Jean; CHEERBRANT, Alan. Dicionário de símbolos. São Paulo: José Olympio, 1997
  • COSTA, Maria Cristina Castilho. Educomunicador é preciso. Núcleo de Comunicação e Educação da USP. São Paulo.
  • MORAN, José Manuel (A). Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, 2000.
  • MORAES JÚNIOR, Enio. Ciberexistência, comunicação, educação. Transcrição editada de palestra proferida do XI Encontro de Letras da Faculdade São Bernardo do Campo. S.B. do Campo, 10 de outubro de 2007
  • MORAES, Vinícios. A casa materna. Antologia poética de Vinícios de Moraes. Rio de Janeiro: Sabiá, 1964.
  • SILVA, Antonio Carlos da. As teorias do signo e as significações lingüísticas.
  • SARGENTIN, Hermínio. Pequeno dicionário de idéias afins. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
  • http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio
  • http://www.partes.com.br/ed39/teoriasignosreflexaoed39.htm, em 28/08/2008
  • http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/espelho.html, em 02/09/2008
  • http://www.wikpedia. br/ mitos/ espelho.html, em 02/09/2008
  • Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística
Karolline Kawahara & Silvania G. Silveira

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

PLANO DE AULA - BRINCANDO COM AS PALAVRAS - KAROLLINE KAWAHARA E SILVANIA G. SILVEIRA


Como enxergar o mundo através das palavras?

Conforme aula do Enio, estamos postando nosso plano de aula (ainda amador)
Na era tecnológica, o mundo globalizado grita por profissionais que utilizam a ferramenta internet. Hoje, a tecnologia permite através de um clique, comprar, vender, anunciar, informar, divertir e ainda permite interatividade.

Há diversos conteúdos interessantes que o professor, por exemplo, pode se utilizar para facilitar a sua mensagem, além de melhor distribuição dos conteúdos praticados.

Cabe a cada profissional, utilizar-se dessa mediação para facilitar a sua vida e dos seus alunos, assim, otimizar o tempo.

Os blogues, por exemplo, são muito utilizados nesse tipo de questão, e grande parte dos alunos tem afinidade com o site.

Há Escolas que propicia aos educandos uma boa infra-estrutura, no âmbito da tecnologia, o que melhora muito a exposição da aula, no que compete ao profissional.

A tecnologia faz parte da vida humana, portanto, devemos nos adaptar e utilizá-la de forma otimista e profissional.
Plano de Aula:
Disciplina: Comunicação e Expressão. Ciclo II: Ensino Fundamental - 5ª a 9ª

Ementa [da disciplina]: A compreensão dos significados ou de vários significados que uma palavra pode assumir de acordo com o contexto em que é empregada.

Conteúdo programático [da disciplina]: Trabalhando com as palavras; consulta em diversos tipos de dicionários no âmbito da exposição de idéias; produção de uma crônica poética.

Tema [da aula]: Brincando com as palavras

Conteúdo [da aula]: Construção de textos, crônicas poéticas, poemas ou poesias, utilizando diversos tipos de dicionários, por exemplo, dicionário de definição, dicionário de sinônimos, dicionário etimológico e dicionário analógico, articulando situações de seu cotidiano. Utilização da internet como meio de divulgação e de comunicação, exemplo “blog”. Criação de um blog para postagem das produções “crônica poética”.

Justificativa [da aula]: Fazer com que o aluno conheça os diversos tipos de dicionários articulando suas idéias e pensamentos com uma área significativamente comum, isto é, exposição de uma idéia comum, uma afinidade, uma idéia afim, se questionando sobre: Por que meu vocabulário é restrito? Por que não consigo articular minhas idéias com palavras que possuem uma área significativamente comum? Mesmo sabendo o significado da palavra que utilizo, por que não consigo deixar de repeti-la em meus textos?

Objetivos [da aula]: O objetivo desta aula é apresentar os diversos tipos de dicionários e despertar a curiosidade do discente a pesquisar e saber que há formas de se escrever um bom texto, utilizando além de sinônimos, palavras relacionadas à idéia básica da palavra pesquisada.

Critérios metodológicos e didáticos [para a aula]: Aula expositiva apresentada em power point com a apresentação de todos os tipos de dicionários, inclusive os dicionários on-line disponíveis na internet. Apresentação blogs e explicação de como se construir seu próprio blog para exposição de idéias.

Critérios de avaliação da apreensão do conteúdo [da aula]: Será apresentado um sarau acerca do conteúdo apreendido otimizando os recursos tecnológicos objetivando uma boa apresentação e apreensão do conteúdo apreendido.

Bibliografia [da aula]:
SARGENTIN, Hermínio. Pequeno dicionário de idéias afins. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio

BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Aurélio. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. SP: Editora Positivo, 2004.

BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Aurélio. Mar de Histórias: Antologia do Conto Mundial. SP: Editora Positivo, 2004.



Colaboradoras: Karolline Kawahara & Silvania G. Silveira

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

POEMA DE FERNANDA MOREIRA "IDÉIA EXÓTICA"


Idéia Exótica
(Fernanda Moreira)

Na Babilônia suspensa da minha mente,

Floresce uma idéia exótica:

Caleidoscópio dos sentidos.

Um doloroso impulso,

Discreto e tímido,

Pretende revelar sua face.

Escolho vossa senhoria,

Língua Portuguesa,

Para dar-lhe existência e graça.

Traço cor de sangue,

Aberto como uma ferida,

Escorre e pinga.

Tento outra vez,

Esforço vão no espaço em branco.

Sinais atávicos, mas estéreis.

Que me venha o verbo exato

Para traduzi-la e eternizá-la.

Deusa rara, fruto maduro.

Despojada e imprevisível, desabrocha:

Forma, fragrância e cor.

Alguém há de colhê-la, enfim.

Obs.: poema cedido pela minha amiga Prof. de Língua Portuguesa e Literatua "Fernanda Moreira", comprometida com a vida.

Blog.: http://www.versoseconfetes.blogspot.com/

Muito obrigada!

POEMA DE ROSANA CELLI "A CASA DE LAMBARÍ"


A casa de Lambarí


Fica no sul de Minas Gerais


Num vale entre montanhas e mais:


Seu solo tem água mineral


E um grande lago artificial.


A casa fica num morro,


Repleta de recordação


Da minha infância distante,


Do meu pai do coração.


A sala, lugar de união


É palco de muita cena:


Brincadeira, conversa, confusão,


Briga e palavra serena.


Os quartos são aconchegantes,


Quentes e suficientes.


Noites de sono tranquilo,


Silêncio, escuro, sigilo.


E a cozinha?


Ah! A cozinha!


Alma da casa sozinha.


Onde o alimento é criado,


Com amor, carinho e bom grado.


As crianças lá são livres.


Correm, brincam e empinam pipas felizes,


Bolinha de gude, taco, bola,


Infância vivida agora.


A casa de Lambarí,


Que pena!


Não fica aqui...


Realidade que parece sonho


Que foge do mundo tristonho.

Rosana Celli


Obs.: Poema cedido pela minha amiga, professora de Lingua Portuguesa e Literatura, Rosana Celli, apaixonada pelo seu trabalho.


Muito obrigada!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

POR QUE EU AMO A LÍNGUA PORTUGUESA?


Produção Livre - Por que eu amo a Língua Portuguesa?

Se eu te deixei para trás
Com a língua entrelaçada entre os dentes
É porque ignorante fui...
Se eu deixei de aprender-te
Ao deixar para trás gírias e jargões
É porque ignorante fui...
Se encontro portas abertas,
Se sou bem vinda à rodas sociais,
Se sou convidada à festas cobiçadas,
É porque humilde fui...
Ao aprender que tu és essencial à minha vida,
Ao desaprender o que aprendi errado,
Ao reaprender com os erros,
Percebi que tu
Oh Língua Portuguesa
É o motivo da minha eterna busca
Rumo ao saber.
E sei
Que mesmo buscando-te
Jamais saberei tudo.

Karolline Kawahara

CRÔNICA POÉTICA - A CASA DE CERA

A Casa de Cera

Era uma residência bem colorida, familiar, no subúrbio da capital paulista. Um lar com um belo jardim florido, vista da sacada do quarto, onde o berço ainda rangia... Recinto bem freqüentado por admiradores de artes... Na varanda, a galeria, chamava atenção dos cobiçadores de Arte Pop... Marilyn estava linda ao lado do seu rádio, degustando uma coca-cola... Todos os compartimentos estavam lotados... As pessoas andavam nos arredores e sentiam a presença de espectros... Quadros pintados a dedo faziam parte da exposição do ninho materno de alguém que morrera de infarto naquela habitação... Alguém querido, de boa índole e provavelmente generoso, pois as pessoas que ali estavam, depositavam valores generosos nas urnas de arrecadação para os descendentes que ali sobreviviam à custa daquela generosidade... Haviam pessoas de diversas províncias do país a fim de adquirir um pouco de cultura diferente, já que o lugar propiciava... Ah, que maravilha poder admirar o feio e enxergar o belo... A rua virara um enorme estacionamento... Os carros já ocupavam as travessas... A cultura ganhara espaço naquela casa de cera... O imóvel em frente o parque, tornara-se conhecido ao servir de estalagem artística, cujo endereço já não era necessário mencionar, mas apenas o nome “A Casa de Cera”, lugar criado no espaço da minha mente... um lugar onde somente eu conheço...

Karolline Kawahara
Obs.: crônica poética carinhosamente cedida a minha amiga, professora de Língua Portuguesa e Literatura, comprometida com a vida, Fernanda Moreira; publicado no blog:

POEMA " O SILÊNCIO"


O silêncio

Mantive-me em silêncio absoluto...

No luto...

Sufocando minha dor...

Apenas o silêncio gélido...

Muda, quieta, calada...

Dona Rosa já descansara...

Só havia o silêncio sepulcral...

O silêncio mortal...

Da vida que se fora...

Da dor que começara...

Na calada da noite,

O silêncio completo...

A mansidão das pessoas que ali estavam

Me fez emudecer e apenas agradecer pelo carinho...

Orações que confortavam minha alma...

A tranqüilidade pairava sobre mim...

Mas a dor me fez silenciar...

Calar...

Fazer silêncio...

Ao demonstrar a minha dor...

Essa mudez me fez cair na real e

Quando me vi ali sozinha,

Percebi que a paz ganhara lugar dentro do meu peito...

Era Jesus que ali se adentrara no meu coração...

Motivo do sossego,

Do remanso

Que ali ficara...

Karolline Kawahara
Obs.: poema em homenagem à Dona Rosa Morimitsu Kawahara, minha querida batian.