[PLANO DE AULA]
POÉTICAS DA VIDA CULTURAL
IDENTIDADE E DIVERSIDADE DA CULTURAL DIGITAL
Orientador: Prof. Enio Moraes Junior
Pós-graduandas: Karolline Kawahara & Silvania G. Silveira
São Paulo
Outubro/ 2008
Tema: A POLISSEMIA DOS SIGNOS: POÉTICAS DA VIDA CULTURAL DIGITAL
Justificativa:
Nós, educadores, nos deparamos com a velocidade de fluxos pelas redes, que fazem fluir informações, histórias, moedas e pessoas, que, quase sempre, não fazem uso delas " in natura ", mas em signos digitalizados. No contexto informacional que configura os ciberespaços nas sociedades contemporâneas, invadidas pela tecnologia e pela globalização, as questões relativas à humanidade permanecem as mesmas das civilizações passadas, acrescidas de forte apelo aos valores de uma confederação planetária. Entretanto, esse ciberespaço “ainda é um universal, no sentido mais profundo, porque ele é indissociável da idéia de humanidade”. (LÉVY, 1999, p. 119)
O desenvolvimento humano, formar comunidades de encantamento, de emoção, através de rituais que valorizam poéticas, que, por sua vez, valorizam as relações culturais, que, por sua vez, constroem instrumentos de reconhecimento da diversidade cultural e que, por sua vez, compartilha as produções simbólicas e conhecimentos tecnológico gerados pela ação autônoma, em rede, que, por sua vez, amplia a produção cultural, antes autônoma, difundido-a, com a rapidez dos satélites e a linguagem da Internet, pelos “Pontos Culturais” da cidade e do mundo... Tal desenvolvimento humano, é, a nosso ver, a justificada motivação máxima para “perseguirmos” os ideais da profissão de educador e trabalharmos com nossos aprendizes esse tema complexo e contemporâneo.
Objetivos:
- Motivar a pesquisa e o reconhecimento da diversidade dos signos (semiótica: símbolos e significados) que constroem o ritual das relações socioculturais das sociedades contemporâneas.
- Orientar o aprendiz na construção de instrumentos para o reconhecimento das poéticas da vida cultural digital.
- Incentivar o compartilhamento das produções simbólicas e dos conhecimentos tecnológicos gerados pelas ações autônomas, divulgá-las e difundi-las nos meios eletrônicos de acesso livre e comum (Internet).
- Promover a transdisciplinaridade nas produção de linguagens: literárias, visuais ou sonoras.
- Fortalecer a rede cultural nas universidades, visando a difusão e fruição das produções sociolingüísticas dos educadores e aprendizes.
Critérios metodológicos e didáticos:
- Os conceitos teóricos: aula expositiva, com o auxílio de recursos audiovisuais (apresentações em Power Point; músicas e filmes)
- Dinâmicas: formação de grupos de pesquisa; consulta sobre os signos sorteados; pesquisar os significados dicionarizados, psicológicos e mitológicos de cada signo. Indicação de um site de busca para a pesquisa sobre as literaturas ou artes plásticas ou músicas relacionadas aos significados do signo estudado.
- Oficinas de produção de linguagens: após o reconhecimento dos signos e da diversidade semântica que advém dele, sugerir uma composição literária (poesia, conto ou dissertação), uma música ou um desenho artístico, tendo como tema o signo estudado.
- Atividade de comunicação/divulgação: sarau de apresentações. Cada grupo elegerá um representante para apresentar a pesquisa e as produções da equipe. Pode-se, inclusive, utilizar os meios audiovisuais e eletrônicos que se achar disponível e conveniente.
- Laboratório de informática: atividade de comunicação/ divulgação: eleger dentre os colegas aquele que tem mais afinidade e habilidade com a informática, para criar um blogger para a classe afim de postar as produções dos colegas e divulgá-las na rede Internet.
Avaliação da apreensão do conteúdo: usaremos a autoavaliação como critério: o aluno atribuirá uma nota ao seu próprio conhecimento sobre o assunto. Os outros membros do grupo lhe darão uma nota, que representará o seu empenho no trabalho coletivo. A média das notas representará 50% da avaliação. O outro 50% ficará a critério do educador, que medirá o cumprimento dos seus objetivos para aquela aula.
Bibliografia:
- BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1989
- BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Aurélio. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. SP: Editora Positivo, 2004.
- BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Aurélio. Mar de Histórias: Antologia do Conto Mundial. SP: Editora Positivo, 2004.
- CASTRO FILHO, Cláudio Marcondes; VERGUEIRO, Waldomiro. As tecnologias de informação e comunicação no novo espaço educacional: reflexões a partir da proposição dos Centros de Recursos para El Aprendizaje y la Investigación. Campinas: 2007
- CHEVALIER, Jean; CHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro, José Olympio.
- CHEVALIER, Jean; CHEERBRANT, Alan. Dicionário de símbolos. São Paulo: José Olympio, 1997
- COSTA, Maria Cristina Castilho. Educomunicador é preciso. Núcleo de Comunicação e Educação da USP. São Paulo.
- MORAN, José Manuel (A). Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, 2000.
- MORAES JÚNIOR, Enio. Ciberexistência, comunicação, educação. Transcrição editada de palestra proferida do XI Encontro de Letras da Faculdade São Bernardo do Campo. S.B. do Campo, 10 de outubro de 2007
- MORAES, Vinícios. A casa materna. Antologia poética de Vinícios de Moraes. Rio de Janeiro: Sabiá, 1964.
- SILVA, Antonio Carlos da. As teorias do signo e as significações lingüísticas.
- SARGENTIN, Hermínio. Pequeno dicionário de idéias afins. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
- http://michaelis.uol.com.br/
moderno/portugues/index.php - http://pt.wikipedia.org/wiki/
Dicion%C3%A1rio - http://www.partes.com.br/ed39/
teoriasignosreflexaoed39.htm , em 28/08/2008 - http://www.cce.ufsc.br/~
nupill/literatura/espelho.html , em 02/09/2008 - http://www.wikpedia. br/ mitos/ espelho.html, em 02/09/2008
- Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística